terça-feira, 18 de janeiro de 2011

a procura...

Acordo com a sensação de vazio dentro de mim... Lavo o rosto pra poder enxergar melhor e me dar conta de que estou sozinha novamente.
O tempo correu, voou, pra bem longe de mim, já não sei mais que dia é hoje e que horas são, perdi o calendário e estou totalmente perdida.
Procuro café, algo pra me acordar totalmente, pra me animar ao menos, ou qualquer coisa que seja.
Não encontro nada como sempre. Apenas as minhas dores, que vivo remoendo do passado.
Por falar em passado, ele andou voltando esses dias, quer dizer, ele sempre volta... Sempre quando eu NÃO preciso dele. Uma coisa que eu realmente acho desnecessária é lembrar do passado, ainda mais quando se está fugindo dele.
Todas as minhas lembranças antigas eu quero esquecer. Isso nunca fez bem pra mim e eu deveria saber viver sem isso. Não consigo! Por mais forte que eu tente ser isso sempre vai voltar a me atormentar.
A vida nunca foi fácil pra mim e eu sempre tive que encara-la de uma forma diferente. Sempre lutei pra realizar os meus sonhos e me satisfazer. Nunca ninguém lutou por mim, nunca ninguém ousou tomar as minhas dores. Eu sempre fiz de tudo pra me auto-satisfazer, pelo simples fato de não precisar de ninguém. Odeio qualquer dependência, ainda mais quando se trata de pessoas.
Eu nunca consegui me relacionar com ninguém, por melhor que seja essa pessoa. Sempre acho que estou fazendo algo de errado e desisto pela metade. Nunca fui de me abrir, contar meus segredos, ouvir o outro lado, ouvir conselhos. Sempre fui muito reservada. Reservada até demais, e isso está saindo caro pra mim.
Os dias estão passando cada vez mais depressa e vejo que não aproveitei a vida. É sempre do mesmo jeito, chego em casa e descanso, me reservo, escrevo. Nada mais.
Não gosto d e reclamarda vida, nunca reclamei por viver em uma cidade enorme que me sinto pequena, mas isso está começando a me fazer mal. Guardei meus sentimentos, minha raiva, e isso está acumulando! Não queria estar perto quando explodisse, mas é inevitável.
Acordo estranha todos os dias, como se meu lugar não fosse esse, e como se eu estivesse sendo enganada. Tento não pensar sobre isso, não pensar dessa maneira. Expandir os pensamentos, tentar viver.
Procuro por café novamente, tenho sede de ficar acordada pensando sobre a vida, sobre meus próximos planos para o futuro, sobre uma vida melhor. TENTO.
O café acabou, o sonho acabou, a esperança se esgotou...
O que vejo aqui é apenas minha alma tentando se ver livre de mim, tentando flutuar sobre essa cidade cheia de pessoas fracas e mesquinhas. Minha alma cansou de ficar parada. Confesso que eu também cansei.
Cansei de café...
...Cansei de viver!

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