terça-feira, 2 de novembro de 2010

À minha Mãe que se foi ...

Inesperadamente.
Repentinamente.
Delicadamente.
Silenciosamente.

Foi assim que a morte deu vida a essa dor. Foi assim que a vida de minha mãe abreviou-se a despedida.

Só foram quinze anos. Uma eternidade abreviada de aprendizado sem ti. De tempo que não mais usamos para partilhar ao seu lado. De tempo que não tivemos a chance de te abraçar, te beijar, acariciar seus cabelos, de correr ao teu colo e se fazer menina para roubar-lhe um, dói, ou três beijos. Agora não te temos mais aqui, em nosso meio. Quuanta falta!

E isso dói. Dói porque não aprendemos a viver sem ti. Não aprendemos a chorar sem seu consolo. Não aprendemos a andar sem que você no indicasse a direção. Não aprendemos a sorrir sem partilhar nosso riso frouxo.

Não sei como dar conta dessa vida que não é só nossa, mas um tanto sua. Agora eu já não sei como chorar nem como sorrir. E não porque não tenhas nos ensinado, mas porque a sua fortaleza nos encorajava. Nos edificava e nos fazia melhores.

O meu melhor sem ti, se torna medíocre.

A minha força sem ti, agora é pequenina.

Meu olhar sem ti, agora é sem brilho, sem graça...

Porque minha mãe, rio de fortaleza, soube fluir bem na família e na comunidade. Soube alagar os passos pra driblar as dificuldades, soube renunciar para garantir nossa felicidade, soube ser humilde em todo sempre.

Sim. Minha mãe fora grande.

Fora fiel nas grandes e nas pequenas coisas.

Fora esposa companheira.

Filha exemplar.

Amiga incondicional.

Ser humano especial.

Cristã renovada.

Em todos os momentos de minha vida, aflição, alegria não deixo um sequer momente de lembrar e charmar por ti em meus pensamentos.

Um comentário:

Ivanúcia Lopes disse...

Olá.
Compartilho da tua dor.A minha experiência foi muito dolorida, e ainda é.

No entanto, creio que seja justo dar os créditos ao texto.

Um abraço.

Ivanúcia Lopes